Desamarração
Tem hora que dá pra ver
Azul-laranja em gomos
Somos a fumaça do olhar
Crepita um sonho ave
Vexame é não ter asa
A Nasa não conhece o mar
Azar desses foguetes
Tão bonitos, sumidouros
Tão precisados de cardume
Que se desnude a roupa
Branca, total e radiante
Antes que o céu nos fume
Têm horas bem diamantes
No estágio mais carvão
Ilusão é coisa acreditada
Crepita e arranha, o grão
Vez em sempre ele eclode
E sacode a terra ávida
Azar dessa ciência
Tão bonita e sumidoura
Tão precisada de crisálida
Que se enxerguem a nós
E ao simples que se
desamarra
Desarmando-se,
simplesmente
Geslaney Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário