sexta-feira, 2 de setembro de 2011

DO CHEIRO
(Iara Assessú)


A sensibilidade que explode os poros
Exala um perfume de calma infância
                                  Alma infância passadista

Louca como a mão certa
Larga como a mãe gorda
                                 Que pouco faz do mundo

Mesmo quando ainda carrega...
A magoa do tempo é pouco
                                 Um pouco que se sucede

Dentro de uma força tão bruta e lilás
Que só faz parar o mundo pra gritar
                                 Aos vagabundos que nascem

Como trevo de três folhas, não secam no caderno...
Se reproduzem numa eternidade qualquer
                                Escalando as paredes da casa

Com suas almas passageiras
Aguardam o momento de se adentrarem no pipoco...
                                Infância tem cheiro de lápis de cor!

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